Sempre que posso, dou uma olhada nos assuntos que estão em alta no Instagram. Faço isso não apenas porque trabalho com mídias digitais, mas porque gosto de saber o que as pessoas estão discorrendo.

Verdade seja dita, a curiosidade pelo outro é algo que sempre irá despertar o interesse da humanidade ou pelo menos, da grande maioria dos reles mortais.

E nos últimos dias, entre tantas tragédias brasileiras, estourou um grande escândalo entre um casal global. A traição de um ator com outro profissional da mesma emissora. A questão é esse ator era casado com outra atriz do canal.

Não cito nomes neste artigo, porque assim como essa história está em polvorosa nestes dias, em breve ela dará lugar a outro caso tão quente quanto esse.

E a proposta deste artigo não é o fato em si, mas o comportamento dos internautas gerado a partir do escândalo.

Portanto, voltemos ao caso. Em uma das postagens, uma seguidora, de uma das partes envolvidas defendeu calorosamente a suposta culpada da traição:

“Gente, fulana de tal, jamais faria isso, ela ama o marido dela e é muito feliz com ele”

Enquanto outro usuário do Instagram replicou:

“Na verdade, ela se faz de santinha, mas essa é a hora que as máscaras caem!”.

E nessa linha seguiu-se uma chuva de comentários, na verdade, milhares de opiniões sendo ditas sobre um caso que ninguém sabe de fato o que ocorreu.

Mas você pode estar se perguntando: o que isso tem a ver com a minha empresa? Calma, que a gente chega lá!

O comportamento dos usuários nas redes sociais!

Os comentários acima dizem muita coisa sobre o comportamento dos usuários.  E isso meu amigo importa muita à sua empresa, já que o Instagram é a rede social mais conhecida do mundo, com 1 bilhão de usuários ativos por mês. Portanto, há uma probabilidade muito grande dos seus clientes estarem lá!

Atualmente ela é responsável por um percentual considerável, e às vezes, até funciona como a única fonte de faturamento de diversos negócios. (Em outro artigo a gente fala mais claramente sobre esse ponto e apresenta dados para você entender a relevância das redes sociais. Todavia, hoje o foco é outro).

O primeiro aspecto que pode ser observado é que as pessoas agem como se conhecessem as figuras públicas. Ainda que elas nunca tenham de fato se quer recebido algum contato direto, como um comentário ou um direct respondido.

Quando uma seguidora diz “Fulana de tal jamais faria isso”, ela julga ter conhecimento da personalidade do indivíduo em questão.

Neste mesmo sentido é que a gente nota que não é anormal ouvir alguém dizer “Beltrano é tão humilde né?”, mesmo que esse beltrano seja um famoso jogador de futebol ou uma atriz americana. Ou seja, alguém com quem nunca se tenha trocado um mero “bom dia”.

Por que isso acontece? Porque as pessoas acham que conhecem as outras pelas redes sociais sem nem mesmo ter tomado um café juntas?

Os segredos da construção da imagem nas redes sociais

Há vários questões que respondem à pergunta, mas o que focaremos hoje é um tópico essencial: a construção da imagem. A personalidade do indivíduo pode ser bem retratada a partir da criação ou da divulgação de uma imagem.

E no que diz respeito as redes sociais, a formulação dessa imagem tem a ver com diversos aspectos. O primeiro que apontaremos neste artigo é a linguagem.

1º segredo: linguagem

Nas redes sociais se vê todo tipo de comportamento: os nervosinhos, os incentivadores, os aconselhadores, aqueles que têm uma frase estimuladora para tudo, os humoristas e outros tantos.

A partir das legendas, mensagens, directs, histories, você passa a conhecer o outro, por um simples “Oi linda”, “fala cara”, “E ai pessoal”, “Oi, gente” “amados seguidores”. A escolha do discurso mostra um pouco da sua identidade, se você é amoroso, distante, frio, engraçado, e por aí se segue.

Portanto, a escolha das palavras, da pontuação e do cunho do discurso você constrói um ponto da sua personalidade na internet, ainda que de perto você seja um monstrinho, na rede social as pessoas podem te ver como um doce, simplesmente pelo que diz e como diz.

É por isso que os usuários das redes sociais acham que conhecem o outro, porque mostra-se um traço da personalidade na linguagem. Obviamente esse aspecto não é o todo da construção da imagem, mas é um dos itens que a configuram.

 Mas e as empresas, o que isso tem a ver com elas?

Simplesmente tudo. O pior defeito em quesito de construção de imagens, é as organizações acharem que elas são simplesmente um prédio e o, pior, levarem essa sensação para as redes sociais.

Só como uma simples dica: Fazer postagens e publicações na terceira pessoa é simplesmente assustador!  Sabe por que? A ideia que se tem é que alguém está falando com uma máquina. E pessoas gostam de falar com outras pessoas.

Portanto, é essencial que você diga em primeira pessoa, porque não é um prédio que está se comunicando, mas alguém por de trás de tudo que levou a empresa a ter uma história, a ser quem ela é.

Nesse sentido, seu negócio precisa ter uma “cara”. Apresentar-se com uma personalidade com a qual as pessoas podem conversar e se simpatizarem ou não com sua interação e forma de linguagem.

Neste viés, é que você deve refletir:

  • Quem somos como empresa?
  • O que pensamos?
  • Somos um negócio mais descontraído ou mais formal?
  • A qual tipo de pensamentos somos mais adeptos?
  • Quais são os valores que queremos defender?

Entender quem é a sua empresa irá lhe ajudar a desenvolver uma comunicação que é a sua cara e pela qual as pessoas se identificarão ao te encontrarem nas redes sociais.

Para isso pessoal temos ótimos exemplos de marcas que simplesmente brilham nas redes sociais. A questão é que esse assunto está rendendo mais do que previa! E olha que nem terminei o primeiro tópico da construção da linguagem. Vamos parar por aqui e dar uma folguinha para a reflexão.

Em breve retornamos para mostrar exemplos de marcas que construíram muito bem a linguagem nas redes sociais e apontando outros segredos para a construção da identidade.

Se estiver afim, deixe nos comentários o que você pensa sobre esse primeiro aspecto da interação das marcas nas redes sociais. E vamos em frente, porque a conversa só está começando!

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